24 julho, 2006

Exercícios ajudando na Hipertensão

Quando o coração bombeia o sangue para o nosso corpo, a parte dele que é responsável por esse envio é o ventrículo esquerdo. O período durante a contração do ventrículo esquerdo é chamado sístole e durante o tempo em que ele está se enchendo de sangue para uma nova contração é chamado de diástole.
O volume sanguíneo ao sair pela circulação periférica sofre uma pressão dentro dos vasos que é chamada pressão arterial sistólica. À medida que a contração do ventrículo termina e o coração entra em diástole, a pressão dentro do vaso cai ao mínimo, é a chamada pressão diastólica.
Os valores normais para indivíduos jovens, e em repouso, é menor que 130mmHg para a pressão arterial sistólica e inferior a 85mmHg para a pressão arterial diastólica (13 por 8,5). No entanto, a pressão pode variar de acordo com idade, tamanho e sexo.
Basicamente a pressão dentro da circulação arterial é determinada pela força contrátil do coração em relação à resistência que encontra para vencer toda esta rede circulatória arterial e passar para o sistema venoso.
Se a resistência for baixa, os músculos estiverem relaxados e o corpo em repouso, a pressão tende a cair. Mas se os músculos estiverem tensos ou contraídos, a resistência periférica for maior e o corpo estiver em atividade, a pressão arterial deverá estar mais elevada.
Quando dizemos que uma pessoa tem hipertensão significa que sua pressão apresenta aumento de maneira crônica e com valores acima do considerado normal. Esta doença atinge 30% da população adulta e de forma lenta e silenciosa produz seqüelas com o passar do tempo, como insuficiência cardíaca, derrame cerebral, infarto do miocárdio e diabetes.
Diversos são os fatores de risco para a hipertensão, tais como: sedentarismo, idade, sexo, obesidade, e principalmente, o histórico familiar. Muitas pessoas que sofrem de hipertensão, e não sabem, praticam atividade física só com o controle de um freqüencímetro.
É necessário também um aparelho para medir a pressão e saber suas possíveis alterações durante o exercício. Daí a importância do teste ergométrico e da monitoração durante os treinos.
O controle da hipertensão pode ser feito através da Dieta do Mediterrâneo que nada mais é do que um regime alimentar que foi estudado com indivíduos desta região européia onde se descobriram os menores índices de hipertensos entre seus habitantes.
Outra forma de controle é por meio da diminuição da obesidade com dietas hipocalóricas, pois a medida que o peso desce (quando o hipertenso for obeso), a pressão tende a cair. E por fim, a maneira mais importante é a atividade física. Sabe-se que os exercícios isométricos (quando os músculos se contraem sem se encurtarem ou se alongarem) são elevadores da pressão arterial, pois aumentam a resistência da circulação periférica.
Já os exercícios isotônicos (quando os músculos se alongam ou se encurtam durante a contração muscular) também podem elevar a pressão arterial. Porém vai depender da intensidade do exercício, pois se eles forem moderados, está provado que diminuem a resistência periférica, e conseqüentemente, reduzem a pressão.
Depois de sua execução, os exercícios aeróbios moderados causam uma diminuição na pressão arterial que pode se prolongar por algumas horas, o que pode beneficiar o hipertenso. Já o exercício severo, eleva demais a freqüência cardíaca ou então o coração trabalhando com mais resistência periférica pode desenvolver uma insuficiência cardíaca. Tanto a prescrição do exercício quanto o controle dos medicamentos deve ser feito por um médico.
Principalmente por que o diagnóstico se dá muitas vezes em exames de rotina, pelo fato da doença ser silenciosa e a medicação deve ter acompanhamento constante já que é a base de hipotensores ou diuréticos, medicamentos que interferem no metabolismo e na resposta do organismo ao exercício. Portanto, o exercício é fundamental no controle da hipertensão, desde que bem aplicado.

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