28 julho, 2006

Debate de psicóloga árabe-americana na TV Al-Jazeera

Assistam no link abaixo (enquanto estiver disponível na web) ao debate da psicóloga árabe-americana na TV Al-Jazeera em 21 de Fevereiro de 2006, e logo abaixo uma livre tradução deste debate.

Al Jazeera television
Here is a powerful and amazing statement on Al Jazeera television. The woman is Wafa Sultan, an Arab-American psychologist from Los Angeles. I would suggest watching it ASAP because there is no way to know how long the link will be active.
http://switch3.castup.net/cunet/gm.asp?ai=214&ar=1050wmv&ak=null

Wafa Sultan: O conflito que estamos testemunhando ao redor do mundo não é um conflito entre religiões, ou um conflito de civilizações. É um conflito entre dois opostos, entre duas eras. É um conflito entre uma mentalidade que pertence à Idade-Média e outra mentalidade que pertence ao século 21. é um conflito entre Civilização e o Atraso, entre os civilizados e os primitivos, entre a babárie e a racionalidade. É um conflito entre liberdade e opressão, entre democracia e ditadura. É um conflito entre os Direitos Humanos em uma mão e aqueles que os violam na outra mão. É um conflito entre aqueles que tratam as mulheres como animais e aqueles que as veem como seres humanos. O que vemos hoje não é um conflito entre civilizações. Civilizações não entram em conflitos, elas competem.

TV host: Eu entendo que ,segundo suas palavras, o que está acontecendo hoje é um conflito entre a cultura do ocidente e o atraso e ignorancia dos Muçulmanos?

Wafa Sultan: Sim, é o que eu quero dizer...

TV host: Mas quem apresentou o conceito de conflito de civilizações? Não foi Samuel Huntington? Não foi Bin Laden. Eu gostaria de discutir essa questão, se você não se importa...

Wafa Sultan: Os Muçulmanos foram aqueles que começaram com o uso dessa expressão. Os Muçulmanos foram os que iniciaram o conflito de civilizações. O Profeta do Islam disse: “É ordenado que se combatam as pessoas até que eles acreditem em Allah e seu Mensageiro”. Quando os Muçulmanos dividiram as pessoas em Muçulmanos e não- Muçulmanos, e ordenaram o combate do próximo até que eles acreditassem no que os Muçulmanos acreditam, eles iniciaram esse conflito e começaram essa guerra. De forma a acabar essa guerra, os Muçulmanos devem reexaminar seus livros Islamicos e seus cursos religiosos, que são cheios de chamados à “Takfir” e luta contra os infiéis. O meu colega (debatedor) disse que ele jamais ofende as crenças das outras pessoas. Que civilização na face da terra permite a ele chamar outras essoas de nomes que eles não escolheram para eles próprios? Uma hora ele os chama de “Ahl Al-Dhimma”, outro momento ele os chama de “Povo do Livro”, e ainda os compara com porcos e macacos, ou ele chama os Cristãos como “Aqueles que incorrerão na furia de Allah”?
Quem disse que eles são o “Povo do Livro”? Eles não são o “Povo do Livro”, eles são um povo de muitos livros. Todo o livros científicos que nos servem hoje são deles, o fruto do seu pensamento criativo. O que te dá o direito de dizer que eles serão “Aqueles que incorrerão na furia de Allah”, ou aqueles que se desviaram do Caminho, e ainda vem aqui nesse debate dizendo que a sua religião te ordena a não ofender as crenças do Proximo? Eu não sou uma Cristã, uma Muçulmana, ou uma Judia. Eu sou um ser humano que acredita no conhecimento. Eu não acredito no super-natural, mas respeito o direito das pessoas de crer.

Debatedor: Você é uma herege?

Wafa Sultan: Você pode chamar do que você desejar. Eu sou um ser humano que acredita no conhecimento e não acredita no super-natural...

Debatedor: Se você é uma herege, não há motivo de repreender você, já que você blasfemou contra o Islam, o Profeta e o Corão...

Wafa Sultan: Estes são assuntos pessoais que não dizem respeito à sua pessoa. Irmão, você pode acreditar em pedras, contanto que não as atire em mim. Você é livre para acreditar em quem você quiser, mas as crenças de outras pessoas não te dizem respeito. Não importa se elas acreditam que o Messias é Deus, o filho de Maria ou se Satã é Deus, filho de Maria. Deixe que as pessoas tenham suas crenças.
Os Judeus sobreviveram a uma tragédia (o Holocausto), e simplesmente forçaram o mundo a os respeitarem, pelo seu conhecimento e não pelo seu terror. Através do seu trabalho e não através de choro ou grito. A Humanidade deve a maior parte das descobertas científicas e ciência em geral dos séculos 19 e 20 a cientistas Judeus. 15 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo que, unidas ganharam seus direitos através do trabalho e conhecimento.
Nunca se viu um Judeu sequer explodir a si próprio dentro de um restaurante alemão. Nós nunca vimos um Judeu sequer destruir uma igreja. Nunca se viu um Judeu sequer protestar matando pessoas. Os muçulmanos reduziram 3 estátuas de Buddha à destroços. Nunca se viu um budista sequer incendiando uma Mesquita, matando um Muçulmano ou incendiando uma embaixada.
Apenas os Muçulmanos defendem suas crenças incendiando Igrejas, matando pessoas ou destruindo embaixadas. Este caminho não trará nenhum resultado. Os muçulmanos precisam se perguntar o que eles podem fazer para a Humanidade, antes de exigir que a Humanidade os respeite.

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